COM REPERTÓRIO INSPIRADO NA PROPOSTA DO MUSEU, ORQUESTRA EXECUTA OBRAS CONSAGRADAS DE BEETHOVEN E VILLA-LOBOS
A Orquestra Sinfônica Brasileira encerra o viradão cultural que comemora a abertura do Museu do Amanhã na Praça Mauá, no domingo, 20, às 20h. Com regência do Maestro Roberto Minczuk, a orquestra apresenta um repertório baseado no conceito das áreas de exposições do espaço: Cosmos, Terra,Antropoceno,Amanhãs e Nós. As composições executadas estão clássicos como “O Trenzinho do Caipira”, de Villa-Lobos, e a quinta sinfonia de Beethoven, levando o público a uma viagem musical pelo museu. A OSB executa também a introdução de “Assim falou Zarathustra”, integrante da trilha sonora do filme “2001 – Uma odisseia no espaço” e as músicas dos longas“Jurassic Park”e “De volta para o futuro”.
A proposta curatorial do Museu do Amanhã, elaborada pelo físico e doutor em cosmologia Luiz Alberto Oliveira, inspirou o Diretor Artístico da OSB Pablo Castellar na escolha de um repertório que representasse o próprio museu em sua essência.
– Esse programa e sua ordem foi pensado seguindo o percurso narrativo do Museu. Embarcaremos em um passeio musical harmonioso com as cinco grandes áreas de sua exposição através das obras de compositores diversos como Strauss, Beethoven, Villa-Lobos, John Adams e John Williams, entre outros. A vinda do Museu do Amanhã inaugura uma nova era para cidade do Rio de Janeiro. Um museu que nasce na transformação do Porto Maravilha e que abre um espaço para mudanças, perguntas e novas possibilidades. É um grande privilégio poder celebrar este momento que, sem dúvida, é um marco histórico para a nossa cidade, afirma Castellar.
O concerto começa com a peça “Assim falou Zarathustra”, criada por Richard Strauss em 1896. A peça se popularizou ao integrar a trilha sonora do icônico filme de Stanley Kubrick, “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, longa-metragem considerado marco na história do cinema.Tratando da conexão do homem com o universo e as origens da humanidade, essa peça representa a trajetória do Cosmos, área do museu voltada para essas questões. Ainda nesse tema, a orquestra executa o primeiro movimento de “Os Planetas”, “Marte, o Mensageiro das Guerras”. Composta entre 1914 e 1916 por Gustav Holst, a obra virou o tema da série “Cosmos”, de Carl Sagan, e desperta a reflexão das dimensões da existência humana.
Na área denominada Terra, o museu explora a diversidade e a interconectividade da vida e de todas as espécies. A orquestra representa esse segmento com obras como a “Sinfonia nº5 de Beethoven”, intitulada “Destino” e datada de 1808, que trata da angústia do individuo diante das incertezas do futuro e da busca por respostas às questões universais. Depois é a vez de “Canção de Amor” e “Melodia Sentimental”, dois dos 23 movimentos que compõem a suíte sinfônica “Floresta do Amazonas” composta em 1959 por Heitor Villa-Lobos. As peças serão interpretadas pela cantora lírica Daniela Carvalho. Radicada nos Estados Unidos, a carioca tem sido aclamada pela crítica por sua “voz de timbre escuro e expressivo” e já se apresentou em palcos da Itália, Áustria, Estados Unidos, entre outros.
A apresentação continua com o quarto movimento da Bachiana Brasileira nº 2, uma das nove compostas entre 1930 e 1945, também por Heitor Villa-Lobos. Intitulado “O Trenzinho do Caipira”, esse movimento trata da industrialização do campo, representada pela figura do trem que chega trazendo progresso. Esse é, de certa maneira, o ponto central do Antropoceno, experiência que aborda a atividade humana como força de transformação agindo no planeta. Lidando com esse tema, o repertório traz também o primeiro movimento de “Sinfonia Doutor Atômico”, “O laboratório”, composta por John Adams em 2007, tendo como inspiração a criação da bomba atômica. Ainda tratando da interferência humana no clima, na atmosfera e na biodiversidade, a orquestra executa o tema do filme “Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros”. A obra de John Williams foi composta em 1993 para o primeiro filme da franquia.
A área Amanhãs propõe questões sobre as tendências globais para o futuro, hiperconectividade e o modo de vida cotidiano que unirá diversas culturas. Composto por Alan Silvestri em 1985, o destaque é para o tema principal de “De Volta Para o Futuro”, filme que apresenta a uma visão de como a sociedade de 30 anos atrás esperava que fosse a tecnologia, a cultura e o dia-a-dia de 2015.O percurso se encerra com Nós,a área que propõe que o visitante assuma a responsabilidade de pensar o amanhã, entendendo que o futuro começa com as escolhas feitas pela humanidade. Para encerar o concerto, a OSB executaa valsa “No Lindo Danúbio Azul”. Composta por Johann Strauss em 1866 e inspirada pelo Danúbio, rio que cruza diversos países do leste do continente europeu, essa obra inspira um sentimento de unidade e cooperação, trazendo à baila todos os indivíduos para a construção de um novo amanhã.
Sobre Roberto Minczuk
Maestro Titular e Diretor Musical da Filarmônica de Calgary e Maestro Emérito da OSB, onde foi Maestro Titular de 2005 a 2015. Dentre as orquestras que regeu estão as filarmônicas de Nova York, Londres, Los Angeles, Rotterdam, Oslo, Helsinki e Tókio, as Orquestras de Filadélfia, Cleveland, BBC de Londres e do País de Gales, sinfônicas de Montreal, Toronto, Dallas e da Nova Zelândia, as Nacionais da França, Bélgica e Hungria.
Foi diretor artístico de Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão de 2004 a 2009. Gravou diversos CDs com a Osesp, além da Filarmônica de Londres e Sinfônica de Odense. Recebeu o Emmy, Grammy Latino, Prêmio Bravo de Cultura e Prêmio TIM, dentre outros.
Sobre a OSB
A Orquestra Sinfônica Brasileira é o mais tradicional conjunto sinfônico do país que, em 2015, comemora 75 anos de história. Composta por mais de cem músicos, a orquestra tem Pablo Castellar como diretor artístico. Fundada em 1940, pelo maestro José Siqueira, a OSB foi a primeira a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia. As missões institucionais contemplam a conquista de novos públicos para a música sinfônica, o incentivo a novos talentos e a divulgação de um repertório diversificado, objetivos alcançados em mais de quatro mil concertos realizados durante sete décadas e meia de trajetória ininterrupta.
A história da OSB se compôs através da contribuição de grandes músicos e regentes como Eleazar de Carvalho e Isaac Karabtchevsky. Além de ter revelado nomes como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antonio Meneses, a OSB também contou em sua história com a colaboração de alguns dos maiores artistas do século XX: Leonard Bernstein, Zubin Mehta, Kurt Sanderling, Arthur Rubinstein, Martha Argerich, Kurt Masur, Claudio Arrau, Mstislav Rostropovich, Jean-Pierre Rampal e José Carreras, dentre outros.
Apostando num amplo espectro da música – da produção barroca aos compositores contemporâneos – a Orquestra Sinfônica Brasileira busca continuamente a excelência artística e, por consequência, a concretização de seus objetivos sociais e educativos.
Para colocar em foco os 75 anos de sua fundação, a OSB preparou a Temporada 2015 toda em clima de celebração, unindo aos festejos da sua efeméride os 450 anos do Rio de Janeiro. O concerto comemorativo foi realizado em agosto, mês do aniversário da orquestra, no Theatro Municipal do Rio com presença do pianista Arnaldo Cohen e regência do Maestro Roberto Minczuk.
Sobre a Fundação OSB
A Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira é uma entidade sem fins lucrativos, mantida por captação de recursos privados e investimentos públicos. As atividades da Fundação OSB são viabilizadas através do apoio da BG Brasil, Vale, da Prefeitura do Rio de Janeiro, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Carvalho Hosken, além de um conjunto de investidores da iniciativa privada e investimentos públicos.
Mais informações pelo site: www.osb.com.br
Serviço:
Endereço: Praça Mauá, 1 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20081-240